UM ESTUDO EM PRÁTICAS HIPERSTICIONAIS

ALÇAS ESTRANHAS, GUERRAS TEMPORAIS E TEORIA-FICÇÃO

Autores

Palavras-chave:

Literatura, Filosofia, hiper-realidade, relação ficção, realidade

Resumo

A CCRU (Cybernetic Culture Research Unit) foi uma unidade para-acadêmica sediada na Universidade de Warwick que explorou práticas experimentais em parceria com coletivos artísticos. Integrada por, dentre outros, Sadie Plant, Nick Land, Robin Mackay e Mark Fisher, o grupo buscava a impessoalização e a produção microcultural em eventos e publicações. O presente trabalho apresenta um panorama inicial da trajetória do coletivo e destaca aspectos de algumas de suas criações e orientações metodológicas, em especial os conceitos de teoria-ficção e hiperstição para estabelecer relações entre ficção e realidade na tessitura em que vivemos. Inspirado nas noções de hiper-realidade de Baudrillard e "strange loop" de Hofstadter, Fisher descreveu em sua tese de doutorado a hiperficção como uma ficção que se torna real e adquire agência própria. Ao longo do presente artigo,
o conceito é descrito e exemplificado com base no texto de Fisher, junto a produções culturais como o filme In the Mouth of Madness (1994), de John Carpenter, bem como na literatura de H. P. Lovecraft e William S. Burroughs.

Biografia do Autor

Victor Ximenes Marques, Universidade Federal do ABC (UFABC, São Paulo)

Professor da Universidade Federal do ABC (UFABC, São Paulo).

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Publicado

2023-07-01